sexta-feira, 23 de outubro de 2015

DICAS LÁPIS RARO - REDAÇÃO DO ENEM

Enem

Tudo que você precisa saber sobre a redação do Enem - parte 3: Como é feita a correção

Veja um roteiro de como se preparar para a prova e entender a sua nota

Ana Lourenço | 27/10/2014 19h 08
A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das partes mais importantes de todo o exame e deve ser um dos grandes focos de atenção dos seus estudos. Além das quatro provas de conhecimentos gerais, a redação é considerada a quinta prova, com nota individual.
De acordo com o professor Alexandre Linares, do Cursinho Henfil, a redação pode ser decisiva para subir a média das notas. "Com uma redação competente, você consegue fazer sua média subir, mesmo se você tiver dificuldade em qualquer uma das outras provas", explica. É a única prova na qual você pode atingir os 1000 pontos - ou seja, é muito importante que você se dedique a ela, não importa qual curso queira fazer.
Para que não haja dúvidas na hora da prova, o GUIA preparou um especialdividido em três partes, com um roteiro de como se preparar para a prova, de como formular o seu texto e como acompanhar a correção.
>> Acesse aqui a parte 1: O que posso fazer antes da prova? + Temas que podem cair
>> Acesse aqui a parte 2: Como formular o meu texto?

Confira a terceira parte:
 Como é feita a correção? Veja que erros devem ser evitados
A redação do Enem é corrigida por dois professores, que avaliam cinco competências, que valem 200 pontos cada. Se a diferença total da nota de cada corretor ultrapassar mais de 100 pontos, ou se ultrapassar mais de 80 pontos em cada competência, a redação é corrigida por um terceiro corretor. Além disso, se uma redação receber a nota total dos dois corretores, obrigatoriamente passará por uma banca com mais professores.
Competências analisadas na correção do Enem
Competência 1
Norma culta: Avalia a obediência do candidato à norma-padrão da língua escrita.
Competência 2
Capacidade de leitura: Envolve a compreensão da proposta, a aplicação do conhecimento de várias áreas (aqui, entra a avaliação do repertório) e desenvolvimento do tipo de texto pedido - no caso, a dissertação. Nessa competência, é importante entender que um ponto chave da redação é não fugir do tema - para não correr riscos, leia com atenção (e mais de uma vez) a proposta e a coletânea.
Competência 3
Tese e argumentação: Avalia a capacidade de selecionar, relacionar e organizar fatos e opiniões em defesa do argumento.
Competência 4
Coesão: Avalia a articulação e os nexos que se estabelecem entre os elementos do texto. É, basicamente, a utilização de elementos e mecanismos de linguagem que possibilitem a argumentação.
Competência 5
Proposta de intervenção social: Avalia se o candidato conseguiu propor, de maneira objetiva, clara e detalhada a proposta de solução para o problema abordado, e se é plausível e faz sentido em relação ao tema. O aluno ainda deve se lembrar de manter o respeito aos direitos humanos. Repare que a proposta de intervenção é um dos itens mais importantes, pois há uma grade de avaliação somente para ela.

Lembra da redação em que o candidato colocou uma receita de miojo no meio e não teve a nota zerada? Ou das redações com nota máxima que continham alguns erros sérios de gramática? Depois das polêmicas e das críticas severas feitas ao método de avaliação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) decidiu tornar um pouco mais severos os critérios de correção.
Desde o ano passado, são eliminadas as redações que tiverem "piadinhas" (como a do miojo). Além disso, os erros de português considerados grosseiros (e que sejam repetidos ao longo do texto) resultarão em perda de nota.
Apesar de a redação ser zerada apenas em casos bastante específicos (veja a tabela abaixo), há muitos erros que você pode evitar para não perder pontos. Veja os mais comuns:
Tome cuidado com radicalismos. A banca quer que a defesa do ponto de vista ocorra com argumentos e posições claras, racionais e, principalmente, respeitosas. Por isso, evite usar qualquer expressão extremista, mesmo que sejam termos como "nunca", "sempre", "jamais".
- Evite usar clichês, provérbios e citações sem critério. Você pode acabar errando o autor da expressão (o que pega muito mal), ou até mesmo usá-la fora de contexto, o que pode direcionar a sua redação para um lado que você não quer.
- Rebuscar demais as palavras também não é uma boa ideia. Seu texto pode ficar sem fluência e clareza, dificultando a compreensão do corretor. Lembre-se: linguagem formal não é sinônimo de linguagem complicada.
- O uso da linguagem oral também deve ser bem pensado. Expressões coloquiais e gírias, como "irado", não são adequadas a um texto que exige a norma culta da língua.
- Erros de gramática: esse nem precisa explicar, não é? Deslizes graves de regras do português podem descontar muitos pontos da sua redação. Se houver dúvida na hora de usar algum termo, procure trocá-lo por outra palavra mais segura, para não arriscar.
Lembrete: o Novo Acordo Ortográfico só será adotado, obrigatoriamente, a partir de 2016. Por isso, está liberado o uso das regras antigas! No entanto, você deve tomar cuidado: só pode usar um ou outro, ou seja: se você usar as normas antigas, deve usá-las até o final do texto, e vice-versa.
Tudo que pode zerar a sua redação
Fuga do tema;
Fuga do tipo dissertação;
Texto com até 7 linhas;
Impropérios, desenhos e deboches;
Desrespeito aos direitos humanos (racismo, xenofobia e homofobia);
Folha de redação em branco.

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