sábado, 31 de março de 2018

EDUCAÇÃO



Os 10 erros de português mais cometidos pelos brasileiros
Equipe de linguistas revela equívocos mais comuns em aplicativo de idiomas que ensina português também para nativos.

Por BBC
31/03/2018 13h43  Atualizado há 2 horas

'Abismo entre o que falamos e escrevemos' pode estar na raiz de muitos erros de português, diz linguista (Foto: Mediamodifier/Pixabay)

"Vi no Facebook uma mulher dizendo que casaria com o primeiro homem que soubesse usar crase, mas não são só os homens que não sabem usar. As mulheres também!", alerta a linguista Camila Rocha Irmer, uma das encarregadas de avaliar os erros de português no Babbel, um dos maiores aplicativos de ensino de idiomas no mundo.
Ela se refere a um dos erros mais comuns entre falantes de português brasileiro - quando usar a crase? -, juntamente com as dúvidas sobre os "por ques" e outras.
"É algo difícil de explicar. Acho que esses erros acontecem porque há um abismo entre o que escrevemos e o que falamos", diz à BBC Brasil.
"Quem não lida com a escrita diariamente não se lembra das regras. E, mesmo que as pessoas estejam dando mais opiniões nas redes sociais, é uma escrita rápida. Você não tem muito tempo para pensar sobre como escrever."
Há os "erros de sempre", mas Irmer afirma que existem também as questões que aumentam ou diminuem a cada ano. Em 2017, por exemplo, a dúvida sobre quando usar "há" e "a" apareceu mais vezes no aplicativo do que no ano anterior.
"Agora, estamos alcançando um público de menor escolaridade que não quer só aprender idiomas estrangeiros, mas tem problemas com português mesmo. E recebemos muitos recados, pelo aplicativo, de pessoas que estão aprendendo português ao estudar outra língua."
A pedido da BBC Brasil, a equipe de linguistas e educadores do Babbel fez um levantamento dos erros mais recorrentes entre os falantes de língua portuguesa no ano de 2017. Veja a lista:
1. "Entre eu e você"
O correto, segundo os especialistas, é usar "entre mim e você" ou "entre mim e ti". Depois de preposição, deve-se usar "mim" ou "ti".
Por exemplo: Entre mim e você não há segredos.
2. "Mal" ou "mau"
"Mal" é o oposto de "bem", enquanto que "mau" é o contrário de "bom". Na dúvida sobre qual usar? Os especialistas recomendam substituir o advérbio pelo seu oposto na frase e ver qual faz mais sentido.
Por exemplo: Ela acordou de bom humor; Ela acordou de mau humor.
3. "Há ou "a"
"Há", do verbo haver, indica passado e pode ser substituído por "faz".
Por exemplo: Nos conhecemos há dez anos; Nos conhecemos faz dez anos.
Mas o "a" faz referência à distância ou a um momento no futuro.
Por exemplo: O hospital mais próximo fica a 15 quilômetros; As eleições presidenciais acontecerão daqui a alguns meses.
4. "Há muitos anos", "muitos anos atrás" ou "há muitos anos atrás"
Usar "Há" e "atrás" na mesma frase é uma redundância, já que ambas indicam passado. O correto é usar um ou outro.
Por exemplo: A erosão da encosta começou há muito tempo; O romance começou muito tempo atrás.
Sim, isso quer dizer que a música Eu nasci há dez mil anos atrás, de Raul Seixas, está incorreta.
5. "Tem" ou "têm"
Tanto "tem" como "têm" fazem parte da conjugação do verbo "ter" no presente. Mas o primeiro é usado no singular, e o segundo no plural.
Por exemplo: Você tem medo de mudança; Eles têm medo de mudança.
6. "Para mim" ou "para eu"
Os dois podem estar certos, mas, se você vai continuar a frase com um verbo, deve usar "para eu".
Por exemplo: Mariana trouxe bolo para mim; Caio pediu para eu curtir as fotos dele.
7. "Impresso" ou "imprimido"
A regra é simples: com os verbos "ser" e "estar", use "impresso".
Por exemplo: Camisetas com o slogan do grupo foram impressas para a manifestação.
Mas com os verbos "ter" e "haver", pode usar "imprimido".
Por exemplo: Só quando cheguei ao trabalho percebi que tinha imprimido o documento errado.
8. "Vir", "Ver" e "Vier"
A conjugação desses verbos pode causar confusão em algumas situações, como por exemplo no futuro do subjuntivo. O correto é, por exemplo, "quando você o vir", e não "quando você o ver".
Já no caso do verbo "ir", a conjugação correta deste tempo verbal é "quando eu vier", e não "quando eu vir".
9. "Aquele" com ou sem crase
Em vez de escrever "a aquele", "a aqueles", "a aquela", "a aquelas" e "a aquilo", use "àquele", "àqueles", "àquela", "àquelas" e "àquilo".
Por exemplo: Maíra deu o número de telefone dela àquele rapaz
10. "Ao invés de" ou "em vez de"
"Ao invés de" significa "ao contrário" e deve ser usado apenas para expressar oposição.
Por exemplo: Ao invés de virar à direita, virei à esquerda.
Já "em vez de" tem um significado mais abrangente e é usado principalmente como a expressão "no lugar de". Mas ele também pode ser usado para exprimir oposição. Por isso, os linguistas recomendam usar "em vez de" caso esteja na dúvida.
Por exemplo: Em vez de ir de ônibus para a escola, fui de bicicleta.


sexta-feira, 30 de março de 2018

GERAÇÕES X, Y e Z




Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?
Você já ouviu falar nas diferentes gerações que coabitam os ambientes de trabalho? Já ouviu falar nas diferenças que cada uma carrega e nos atritos que isso gera? Vamos ver nesse artigo tudo isso e como especialistas sugerem que esses problemas sejam contornados.
Por MAXIMILIANO MEYER @Evilmaax em 16/10/2014 - atualização: 07/07/2017 11:18 em CARREIRA EM TI
Comparar gerações é muito difícil se pensarmos que antigamente as gerações eram formadas a cada 25 anos, entretanto nos dias de hoje um quarto de século é praticamente um século. As coisas, as relações familiares, de trabalho, etc. mudam cada vez mais rápido. O que não ocorre, no entanto, é a mudança, na mesma velocidade, da mentalidade dos colegas de trabalho.
Consoante a isso, especialistas apontam que as criações de novas classes genealógicas estão surgindo a cada 10 anos. Estas novas classes implicam diretamente na forma de como as novas pessoas agem e consomem produtos e serviços. Estes reflexos impactam diretamente nas empresas, mas não só em vendas, a troca de experiências no ambiente de trabalho entre as gerações, onde os mais velhos apreendem com os mais novos (ou se recusam e geram conflito no escritório), o gerenciamento de conflitos e resolução de problemas hoje é feito em períodos cada vez menores, muito pelo fato dos jovens resolverem mais rapidamente e sempre procurarem a forma mais fácil de ser feita.

Mas o que esperar para o futuro? Como as gerações vão continuar coexistindo e como vão reagir às novas gerações que surgirão? Quais serão as características que essas gerações irão trazer e quais os conflitos que irão vir com elas?
O avanço tecnológico destas três gerações certamente não será o mesmo as próximas que estão por vir. Com a tecnologia vivendo momentos de crescimento exponencial, não podemos prever o que virá. Cientistas afirmam que em 2045 será o ano em que as máquinas terão capacidades próprias, o que especialistas chamam de “singularidade das máquinas”, onde as máquinas poderão fazer as coisas sozinhas, muito melhor e mais rapidamente que qualquer outro ser humano.
Enfim, tentaremos nesse artigo mostrar as características de cada geração, seus conflitos, como afetam o ambiente de trabalho e o que os gestores estão praticando hoje em dia para amenizar estas rusgas.

Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?
Geração X
O termo Geração X – criado por Robert Capa, em 1950 – é utilizado para rotular as pessoas nascidas após o chamado “Baby Boom” (década de 20 ~ década de 40), que foi um aumento importante na taxa de natalidade dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial. Essa geração inclui aqueles que nasceram no início de 1960 até o final dos anos 70. Por vezes são incluídos também os nascidos até 1982.
Nas palavras do escritor norte-americano John Ulrich, contemporâneo dos Baby Boomers e da geração X, este último grupo sempre foi considerada como um grupo de pessoas jovens, sem identidade aparente, que enfrentariam um mal incerto, sem definição, um futuro hostil. Um futuro pós-guerra, um tempo de incertezas e de guerra fria, de polarização entre o bem e o mal, entre Estados Unidos da América e União Soviética.

Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?

Acontece que a geração X cresceu, passou pela fase hippie, teve ideais, esqueceu-se dos mesmos e foi fazer carreira no mercado. Viu surgir computador pessoal, a internet, o celular, a impressora, o e-mail, etc. e viu seu mundo mudar muito. Grande parte da Geração X chegou aos 30, 40 anos e descobriu que para juntar meio milhão e dar entrada, com sorte, num apartamento modesto que irá pagar até seus 60 anos, o caminho é longo e o preço é alto, bem alto, às vezes impagáveis. À sua volta os filhos crescem, os pais morrem, os sonhos envelhecem e as férias exóticas para a Finlândia, Marrocos ou Jamaica nunca são tiradas.
Hoje, é cada vez mais comum ver estes profissionais “Chutando o balde”, pela internet, inclusive, há vários blogs e canais do YouTube de profissionais até então bem-sucedidos, com cargos muito bem remunerados e carreiras consolidados, de mais de 10 anos, em uma grande multinacional que largam tudo para pintar quadros, estudar fotografia, gastronomia, etc. aquilo que os fazem felizes.
Aqui neste projeto você pode conferir várias histórias de pessoas que largaram tudo para corre atrás dos sonhos, grade parte deles são integrantes da geração X, com mais de 30 anos e às vezes, bem mais.

Geração Y

Compreendendo aqueles que nasceram em fins dos anos 70 e início dos anos 90, a geração Y, representava, em 2012, cerca de 20% da população global, segundo Afonso Borges, em seu livro “Social Target”.
Foi a geração que se desenvolveu em uma época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. As crianças da geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram, como TV a cabo, videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Se a geração X viu nascer a internet e a tecnologia, a geração Y já nasceu quando as mesmas estavam plenamente desenvolvidas, cresceram e internalizaram as mesmas desde pequenos.
Segundo pesquisadores que estudam as gerações, a geração Y cresceu rodeada de facilidades oferecidas por seus pais, que obviamente queriam dar uma vida melhor do que aquela que tiveram, para seus filhos. Eles cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo tarefas múltiplas. Acostumados a conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e por isso lutam por salários ambiciosos desde cedo. É comum que os jovens dessa geração troquem de emprego com frequência em busca de oportunidades que ofereçam maiores desafios e crescimento profissional.

Para alguém da geração X, como seus pais, por exemplo, está ambição pode ser considerada um ato que demonstra total desinteresse e incerteza no futuro.

Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?

Se você é da geração Y, cresceu num mundo digital e está, desde sempre, familiarizado com dispositivos móveis e comunicação em tempo real, como tal, pertence a um grupo de consumidores exigentes, informados e com peso na tomada de decisões de compra. Você faz parte da primeira geração verdadeiramente globalizada, que cresceu com a tecnologia e a usa desde a primeira infância. A Internet é, para você, uma necessidade essencial – afinal, responda-me: Quanto tempo consegue ficar sem ela sem sofrer com a abstinência? – e com base no seu acesso facilitado, desenvolveu uma grande capacidade em estabelecer e manter relações pessoais próximas, ainda que à distância. A tecnologia e os dispositivos móveis permitiram a comunicação entre si como nenhuma outra geração o tinha feito anteriormente, permitindo partilhar experiências, trocar impressões, comparar, aconselhar e criar e divulgar conteúdos, que são o fundamento das redes sociais. Preocupados com o meio ambiente e as causas sociais, têm um ponto de vista diferente das gerações anteriores, que viveram épocas de guerras e desemprego.

Jovens desta geração têm como hábito ser tão multitarefa quanto seu smartphone, podendo, ao mesmo tempo trabalhar em mais de 1 projeto, responder e-mails, acompanhar as notícias através de algum site, conversar com os colegas de trabalho, conversar com os amigos online, ouvir música e dar atenção às redes sociais. Agora imagine explicar isso àquele gestor jubilado da repartição...

Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?

Geração Z

Essa geração, que compreende os nascidos entre o fim de 1992 a 2010, está ligada intimamente à expansão exponencial da internet e dos aparelhos tecnológicos. As pessoas da Geração Z são conhecidas por serem “nativas digitais”, estando muito familiarizadas com a World Wide Web, com o compartilhamento de arquivos, com os smartphones, tablets, e o melhor de tudo: Sempre conectadas.

Se pensarmos um pouco, vamos perceber que integrantes desta geração nunca viram o mundo sem computador. Outra característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui, desapegado das fronteiras geográficas. Para eles, a globalização não foi um valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a conviver com ela já na infância. Como informação não lhes falta, estão um passo à frente dos mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos.

Os maiores problemas dessa geração são relacionados à interação social. Paradoxalmente, por estarem tão conectados virtualmente, muitos deles sofrem com a falta de intimidade com a comunicação verbal, o que acaba por causar diversos problemas com as outras gerações. Segundo alguns analistas, essa Geração também é marcada pela ausência da capacidade de ser ouvinte.

Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?

A Geração Z é um tanto quanto desconfiada quando o assunto é carreira de sucesso e estudos formais, a maioria já não acredita mais em fazer uma só coisa para o resto da vida ou passar sua vida profissional inteira em uma só empresa. Muitos da geração Z, inclusive, trabalham de casa, é o chamado Home Office, seja em um emprego formal em uma empresa liberal ou informalmente, ganhando dinheiro com blogs, mídia, venda de anúncios YouTube, publicidade, etc. Segundo especialistas, poderá haver uma “escassez” de médicos e cientistas no mundo pós-2020 justamente por isso.

Enfim, essa geração tem um grande problema, segundo as demais: É a geração mais fechada de todas, onde cada um está sempre fechado em seu mundo e isolado através de fones de ouvido (seja em ônibus, universidades, em casa, no ambiente de trabalho...). São os que escutam pouco e falam menos ainda. Pelos demais eles podem ser definidos como a geração que tende ao egocentrismo, preocupando-se somente consigo mesmo na maioria das vezes. Para os mais antigos pode parecer que houve uma mecanização do “pessoal do escritório”.

Problemas

Os principais conflitos pelos conflitos das gerações são motivados pelas características tão diferentes entre si.
No ambiente de trabalho, por exemplo, é mais comum ter como gestor um funcionário da geração X, com vários anos de empresa e que já incorporou totalmente os valores e visão da mesma. Ele está no mesmo emprego desde que saiu da faculdade e se um dia perder aquele trabalho, por qualquer motivo que for, sentir-se-á sem rumo.

Este funcionário precisa gerir ao mesmo tempo seu analista (geração Y) que chegou formado há pouco tempo, cheio de novidades, ideias, multiplataforma e também o estagiário (geração Z), ainda na faculdade, introvertido, que só se manifesta quando formalmente convidado para tal.

Como negar que vá haver conflitos nesse ambiente de trabalho? Ele é inevitável. Em uma apresentação de ideias, talvez o gestor não vá entender todas as tecnologias utilizadas pelos demais, talvez o uso do celular, indispensável para a ocasião, não seja bem visto por ele. Para os demais, mais novos, por muitas vezes uma reunião física é perda de tempo, contraproducente em tempos de Skype e videoconferências.

O surto de criatividade das gerações mais recentes, embora sempre produtivo e enriquecedor poderá ocasionar perda de produtividade se não focado, bem como, as ideias do gestor, por melhores que sejam, podem não ser bem aproveitadas, ou aproveitadas ao máximo, se ele ignorar que há uma tecnologia que facilita o que ele está propondo e se recusar a conhece-la.

Agora imagina outra situação: Sua empresa é liberal e aposta em novos talentos. Por causa disto contratou u, novo gerente de repartição de 25 anos, recém-formado e cheio de novas ideias. Bom, entre os novos comandados deste gerente estão, entre outros, aquele “exemplar” da geração X que tem de empresa mais tempo que o seu novo chefe tem de idade. Como fazer ele aceitar as novas ordens? Como fazer se adaptar às novas ideias que chegam com ele? As novas tecnologias, etc.?

E aí? Como resolver? Afinal o panorama só tende a piorar, as pessoas se aposentam mais tarde, os jovens ingressam mais cedo e o mundo muda cada vez mais rápido.

Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?

Solução
Bom, a tarefa não é fácil, mas segundo especialistas em RH, coachs e demais profissionais que estudam o fenômeno há solução. Abaixo reproduzimos algumas das dicas que Bob Weinstein, da Troy Media dá aos gestores que precisam lidar diariamente com conflitos no escritório:

Entender os diferentes estilos de trabalho: A geração X não gosta de ser gerenciada nos mínimos detalhes, enquanto a geração Y preza por instruções específicas para realizar tarefas. Vale lembrar que, ainda que os mais antigos não apreciem ser monitorados, gostam de saber do processo, entender como tudo é realizado e fazer parte. A geração Y visa mais a estrutura e o resultado final do processo, mas quer tomar suas próprias decisões e fazer conforme entendem ser melhor para o processo. No caminho gostam de receber feedback. Segundo os consultores, portanto, os mais velhos desejam saber o “como”, enquanto os jovens querem saber o “porquê”.

Leve em conta os valores: Cada geração protege seus valores e os conflitos em decorrência disto podem ser uma ameaça a eles. A geração X, por exemplo, ainda no pensamento anti-guerra dos anos 70, valoriza, e muito, o espírito de equipe, cooperação e comprometimento, enquanto a geração Y prefere tomar uma decisão unilateral e agir, de forma isolada. Já a geração Z valoriza equipes abertas e honestas, que colaborem juntas – e gosta de ter muitas opções para escolher entre elas.

Compartilhe percepções: Quando funcionários de duas ou mais gerações estão envolvidos em um conflito no ambiente de trabalho, eles podem estabelecer um bom diálogo compartilhando suas opiniões. Os mais velhos podem sentir a falta de formalidade e o jeito, talvez, ofensivo dos Z, enquanto os jovens podem se sentir desrespeitados se os X não valorizam suas percepções e insights. É válido ter grupos distintos criando quadros com pontos de vista que mais valorizam. Funciona como um lembrete visual a todos e mostra, de maneira clara, a diferença entre as gerações, além de ser uma atividade divertida que não julga se são errados ou certos os valores de cada pessoa, apenas respeitando-os.

Valorize o melhor de cada geração: Você não pode mudar as experiências de vida das pessoas, mas pode trabalhar para que as atitudes no ambiente de trabalho e as expectativas delas sejam as melhores possíveis. Um X conhecedor do mercado, que é frustrado pela falta de experiência demonstrada por um Z pode, por meio de sua autoestima e bom senso, se tornar um mentor. “Pelo que tenho visto em minha experiência, relata, se você quer resolver problemas com uma solução criativa, vá em direção aos jovens. Estudos mostram que as pessoas imersas na tecnologia digital são 10% melhores na resolução de problemas do que seus parceiros mais velhos. Não acredite que as decisões e soluções possam vir apenas dos mais experientes. Os Y são a geração mais criativa que temos visto nos últimos tempos. Utilize as habilidades de cada geração da melhor forma possível! ”

Busque pontos em comum: A geração Y tende a valorizar segurança e estabilidade mesmo que precisem mudar constantemente de emprego, já os X são mais resistentes a mudanças, mas ambos atribuem importância a treinamento e desenvolvimento. Tanto Y como Z depositam um grande valor na flexibilidade do ambiente de trabalho, além de prezarem o balanço entre vida pessoal e profissional. Os X e os Y se sentem mais confortáveis com a diversidade e estilos de vida alternativos. Descubra os pontos em comum e também as diferenças entre as gerações. Ajude-os a perceber, em equipe, como eles podem utilizar suas forças em conjunto. Traga até eles a consciência sobre o ciclo de gerações para que descubram onde se encaixam.

Aprenda com os demais: Cada geração possui lições valiosas para ensinar umas às outras. Os X têm a sabedoria, o conhecimento e os “truques” de que os jovens precisam. A geração Y é conhecida por sua lealdade e habilidade de mediação. Já a geração Z está mais antenada ao ambiente de trabalho do futuro, ao marketing e às tendências de mercado.

Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?
Abaixo segue o depoimento de Nicolas Muller, conhecido como boss supremo pelos corredores do prédio, e criador do Oficina da Net e fruto da geração Y:

Meu depoimento sobre a minha geração:
Esta é a classe genealógica que eu pertenço, são as pessoas nascidas após 1980 até meados da década de 1990. Minha infância foi de brincar na rua, tive videogame desde meus 5 anos de idade, um Atari, lindo. Passava muito tempo sobre minha bicicleta, meus anseios eram por terminar a aula de manhã e poder ir pela pacata cidade em que morava no interior do Rio Grande do Sul.

Não gostava muito de estudar, ainda não gosto, aliás estudo só o que me convém, minha memória é muito volátil, dificilmente conseguiria assimilar tudo da escola e das coisas que mais gosto de fazer/trabalhar.  Não sou um “nativo digital” igual a geração Z, aqui no Brasil, vi tudo acontecer, por volta do ano 2000 tive meu primeiro contato com o tão famoso computador, o MS-DOS ainda corre em meus neurônios. Aprendi muito sobre a mais famosa, a INTERNET, hoje vivo disto e para isto. Meu jeito de consumir é primeiro pesquisar para depois comprar, o que meus pais, da geração X faziam de forma “primitiva”, indo de loja em loja, ouvindo a opinião única dos vendedores.
Sou empreendedor, mas ainda tenho resquícios quando preciso arriscar, isto muito se deve ao fato de estar em uma geração mediana, onde a geração X, preferia ficar estável ao tentar arriscar, e a geração Z que prefere arriscar do que estagnar". 


Quais as diferenças entre as gerações X, Y e Z e como administrar os conflitos?

sábado, 24 de março de 2018

ESTUDAR E APRENDER






Qual melhor horário para estudar para provas e concursos?


Você está estudando para uma prova ou concurso, mas não sabe qual o melhor horário para estudar? Está em dúvida entre estudar na parte da manhã ou da noite? Neste artigo, eu vou ensinar como você irá fazer para descobrir qual a melhor hora para estudar e ao final vou passar várias dicas para estudar em diferentes horários.
Mas antes de encontrar seu melhor horário de estudo, quero apresentar um fator importante na qualidade do seu aprendizado, tão importante que pode facilitar seu aprendizado ou então torná-lo mais difícil, você sabe o que é ciclo circadiano?
Leia abaixo…

O que são ciclos circadianos e como eles influenciam seu aprendizado?

Fonte da imagem: https://seucorposeutempo.wordpress.com/category/cronobiologia-2/
De acordo com a wikipédia ciclo circadiano ou ritmo circadiano é:
“Ritmo circadiano ou ciclo circadiano (do latim circa cerca de + diem dia) designa o período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite.
Compreendeu? Para simplificar ciclo ou ritmo circadiano é como se fosse um relógio interno, biológico, que regula nosso organismo. Esse “relógio” é influenciado pela luz solar, e pela fase de vigília, ou sono. Ele também é responsável por determinar os níveis de energia do corpo durante o período de 24 Horas.
Em uma pesquisa recente Thomas Burris, Ph.D., presidente de ciência farmacológica e fisiológica de Saint Louis University relatou que:
“A desregulação do ritmo circadiano está associada a muitas doenças, incluindo a doença metabólica e desordens neuropsiquiátricas incluindo distúrbio bipolar, ansiedade, depressão, esquizofrenia, e distúrbios do sono.”
Isso mesmo, estamos tratando aqui de um fator biológico de extrema importância para todo ser humano. E que deixa claro que não podemos desconsiderar o quanto os ciclos circadianos podem influenciar a qualidade do nosso dia.
Dr. Takahashi, um pesquisador de Howard Hughes Medical Institute, descobriu que a regulação dos ciclos circadianos está intimamente ligada a temperatura corporal, de acordo com o Dr:
“Pequenas mudanças na temperatura corporal podem enviar um sinal poderoso para os relógios em nosso corpo […] É preciso apenas uma pequena mudança na temperatura corporal interna para sincronizar os relógios presentes em todas as nossas células corpóreas”
Certo, até agora você já compreendeu como funciona e o que se trata esses ciclos, mas agora você deve estar se perguntando, “o que os ciclos circadianos têm a ver com estudar?
Leia com atenção…
Em uma pesquisa recente pesquisadores descobriram que os ciclos circadianos podem influenciar a formação de memória. Ou seja, se você tem um ritmo organizado corretamente, sua memória funciona com mais qualidade, devido a uma série de neurotransmissores responsáveis por isso.
Os ciclos circadianos também são coordenados quase que exclusivamente pelo hipotálamo, essa região do cérebro que também é responsável pelas emoções. Portanto, está ligado também ao seu humor durante o dia, sabe quando você está irritado e não sabe por quê? A resposta pode estar no ciclo circadiano.
Alguns estudiosos alegam que os ciclos circadianos variam de pessoa para pessoa, ou seja, cada um tem seu próprio “relógio” interno e seus níveis de energia variam. Ou seja, cada indivíduo tem sua hora e o momento de pico de energia e consequentemente de produtividade, tanto em atividades físicas ou mentais.

Cada pessoa tem seu melhor horário para estudar


melhor-horario-estuadar


Duas pesquisadoras da Universidade Estadual de Campinas fizeram acompanhamento com diversos alunos de graduação para verificar a qualidade do estudo em relação aos seus ritmos biológicos de cada aluno, ou cronótipo.
De acordo com as pesquisadoras Milva Maria Figueiredo de Martino e Su Yan Ling:
“Uma vez que os ritmos biológicos são endógenos, não podem ser manipulados segundo a vontade do sujeito. Um aluno que estude em horários conflitantes com os seus ritmos biológicos terá um preço a pagar em termos de saúde, de qualidade de vida e de qualidade do seu desempenho estudantil.”
Essa pesquisa traçou os perfis circadianos, ou cronótipo, de cada aluno e também estabeleceu qual a relação dele com a qualidade de aprendizado e rendimento nos estudos. Ao final as pesquisadoras concordam que as diferenças cronobiológicas podem colaborar para a qualidade do aprendizado de cada um.
Portanto…
Não existe um horário definido para todos estudarem. Cada pessoa tem seu horário e respeitar esse horário irá te ajudar estar mais motivado para estudar, além de facilitar seu aprendizado e sua memorização.
Agora que você já sabe disso, deve estar se perguntando “Ok professor, mas como faço para descobrir qual o MEU horário de estudo?” É justamente isso que você irá descobrir abaixo.

O perfil circadiano ou cronótipo de cada um na hora de estudar

Existe atualmente um padrão que ajuda a identificar cada tipo de indivíduo pelo seu cronótipo, ou “relógio” biológico que está dividido basicamente em matutinos moderados e extremos, vespertinos moderados e extremos, e indiferentes.
Vamos entender cada um:
  • Indivíduos Matutinos: Preferem dormir cedo (em torno das 21 ou 22 horas) e também acordam cedo, em torno das 6 horas, sem dificuldades, tendo um bom desempenho físico e mental pela manhã.
  • Indivíduos Vespertinos: Preferem dormir e acordar tarde (em torno de 1 hora da manhã e após as 10 horas, respectivamente), apresentando melhor disposição no período da tarde e início da noite.
  • Indiferentes: Têm maior flexibilidade, escolhendo horários intermediários de acordo com as necessidades de sua rotina.
Esses perfis são os mais utilizados na hora de classificar um indivíduo quando ao seu cronótipo. Uma breve lida nos tópicos acima já te ajuda a compreender mais ou menos qual seu perfil, porém existe também maneiras mais práticas e confiáveis de determinar seu cronótipo.

Como encontrar o melhor horário para estudar?

Existem duas maneiras práticas de você conseguir identificar qual seu horário de maior produtividade e consequentemente usar esse horário para se dedicar mais aos estudos.

1 – Responder o questionário de matutinidade-vespertinidade

Esse é um questionário proposto por alguns pesquisadores que buscavam identificar qual o cronótipo dos indivíduos. É um questionário simples que ao responder algumas perguntas você já consegue identificar seu perfil.
Ao responder esse questionário você conseguirá saber qual o melhor horário para você estudar, ou seja, aquele momento onde sua energia e disposição estarão maiores para que você consiga aprender com eficácia.
MEQ-SA-PT.pdf


2 – Anotar seus níveis de energia na hora de estudar

Uma segunda forma de você descobrir qual o melhor horário de estudo é anotando seus níveis de energia durante vários horários do dia. Depois de 15 dias observando essas energias você conseguirá estabelecer o melhor horário de estudo.
Anote em um pequeno diário como estava seu nível de energia em cada período. Após realizar essas anotações, verifique os horários que você teve mais disposição e consequentemente aproveite esses horários para se dedicar mais ainda aos estudos.
Essas informações será úteis para que você consiga criar um plano de estudos que realmente esteja de acordo com seu cronótipo, ou seu “relógio” biológico, aumentando a qualidade e eficácia do seu aprendizado.

E quem trabalha? Como estudar em horários diferentes?

Pode ser que você identifique seus horários de maior produtividade justamente no período em que você está trabalhando e por isso é impossível para você se dedicar aos estudos.
Quando isso ocorrer o melhor é ser feito é readaptar seu “relógio” interno, ou seja, organizar sua rotina de maneira que você tenha energia suficiente para estudar no horário disponível.
Digamos que você trabalha das 8 da manhã às 17 Horas e você descobriu que seu horário de maior energia é na parte da manhã quando acorda. Nesse caso você pode fazer o seguinte, dormir mais cedo no dia anterior para se dedicar aos estudos pela manhã.
Eu, por exemplo, tenho uma rotina de dormir por volta das 22 a 22:30 Horas e acordar entre 4:30 e 5 Horas. Isso porque o horário da manhã é muito importante para mim e para a qualidade do meu dia.
O ideal é que você tenha uma rotina de estudo organizada e mantenha essa rotina para conseguir estudar com qualidade.

Dicas para estudar em diferentes horários


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Agora que você já identificou seu melhor horário de estudo, está na hora de estudar. Então eu separei algumas dicas importantes que te ajudarão a obter um melhor desempenho em diferentes períodos do dia.

Dicas para estudar de manha

Para mim, estudar na parte da manhã é um dos melhores horários por diversos motivos. O primeiro é que você já estuda no primeiro horário e depois fica livre para resolver os problemas e as rotinas do dia.
A parte da manhã também é um dos horários onde você será menos perturbado por distrações, afinal é um horário onde a maior parte das pessoas ou está dormindo ou ainda está indo para seus trabalhos.
Abaixo estão algumas dicas para aproveitar ainda mais esse horário de estudo e aprender com eficácia.

#01 – Não estude sem tomar café da manhã

Para algumas pessoas comer na parte da manhã é algo ruim, pois muitos alegam que se sentem mal ao comer, porém o pior é você estudar de barriga vazia. Sempre que acordamos precisamos começar o dia com energia, e uma alimentação saudável garante isso.
Ao comer pela manhã você também garante um estoque de energia extra para seu cérebro o que será de extrema importância, pois estudar consome muita energia cerebral.

#02 – Tome café, chá ou algo energizante

Algumas pessoas podem se sentir um pouco lentas na parte da manhã. Por isso sempre recomendo a ingestão de café ou chá. No meu caso café ou chá não me fazem muito bem, então eu tomo um suco verde que me dá a energia necessária para começar meu dia em alerta.

#03 – Deixe seus materiais de estudo organizados um dia antes

Para evitar perder tempo na parte da manhã deixe tudo pronto um dia antes assim você começará a estudar de maneira rápida e prática. Se você deixar tudo desorganizado seu cérebro pode te sabotar e você desistir de estudar, então evite esse problema deixando tudo pronto para você apenas acordar, tomar um café da manhã e estudar.

Dicas para estudar à tarde

O horário da tarde pode ser um dos que são mais complicados para estudar, pois a parte da tarde é o momento onde você se distrai com mais facilidade, é quando a maioria das pessoas entram em contato e o horário para realizar diversas tarefas de uma rotina.

#01 – Evite um almoço muito pesado ou gorduroso.

Quem está realizando uma rotina de estudo e somente possui o horário da tarde para estudar deve evitar almoços muito pesados, estes exigem um processo de digestão muito grande, ocasionando sonolência e atrapalhando os estudos.
Tente ter uma rotina com almoços leves, se você puder procure uma nutricionista que irá  ajudar a organizar sua rotina de almoços e cafés da manhã.

#02 – Tire um cochilo rápido.

Várias pesquisas relatam o quanto um cochilo rápido pode te ajudar a manter o foco e sua memorização. Tirar um cochilo de 30 minutos pode ser revigorante e te ajudará a manter sua concentração nos estudos melhorando a qualidade do seu aprendizado.

#03 – Tome um banho gelado.

Banho gelado é uma ótima fonte de energia, pois ele te desperta e te deixa mais alerta. Como vivemos em um país tropical as altas temperaturas podem te dar sonolência e atrapalhar seu rendimento nos estudos à tarde, um banho gelado pode te ajudar a melhorar isso.

Dicas para estudar a noite

Estudar a noite é um dos horários preferidos de muitos. Primeiro porque é o horário onde a maioria das pessoas que trabalha tem disponível, e também é um horário que é favorecido pelo silêncio e por ser mais fresco.
O problema de estudar a noite é que dependendo da sua rotina você pode ficar cansado demais e acabar deixando de estudar, por isso importante seguir as dicas que irei passar abaixo.

#01 – Evite comer algo pesado no jantar

Assim como no almoço se você comer algo muito pesado no jantar você pode sentir sonolência e acabar ficando cansado para estudar. O ideal a noite é comer um lanche leve para conseguir ter energia para os estudos.
Quero frisar mais uma vez que se você tiver condições procure uma nutricionista, explique a ela seus objetivos de estudo, ela irá preparar uma rotina de alimentação balanceada e ideal para você.

#02 – Comunique a todos que moram com você sobre sua rotina de estudos

A parte da noite é geralmente quando a maioria das pessoas de uma casa se encontram, é importante você comunicar a todos sobre sua rotina de estudos e que você irá ficar fora por um tempo e que não poderá ser incomodado durante esse tempo.

#03 – Se estiver estressado tome um banho quente

Algumas pessoas chegam em casa, com uma dose extra de estresse, devido ao trânsito ou um dia cheio no trabalho, portanto ao chegar tome um banho quente, o banho quente te ajuda a relaxar e te acalma, deixando você mais propenso a conseguir fazer um estudo tranquilo.

E estudar de madrugada? É possível?

Sempre recebo perguntas de alunos me perguntando se estudar de madrugada é bom, olha, não há problema algum estudar de madrugada, desde que você não estude sonolento e seu “relógio” biológico seja mais voltado para esse horário.
A única questão de estudar de madrugada é que você tenha tempo suficiente para repor suas energias dormindo o tempo suficiente. Se você tem esse tempo então tudo bem, agora se você tiver que acordar cedo no outro dia, então não adiantará muito, você estará apenas prejudicando seu aprendizado.

Para finalizar…

Bem, acredito que esse artigo deixou claro para você que não existe um período certo de estudo para todos. Cada pessoa tem seu horário, ou a hora do dia onde é mais produtivo e tem mais energia.
Se você mantiver seu “relógio” biológico corretamente ajustando, mantendo uma rotina sadia de sono, alimentação e trabalho, tenho certeza absoluta que terá um desempenho muito melhor em seu aprendizado.