quinta-feira, 30 de março de 2017

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terça-feira, 28 de março de 2017

DEPOIS DAS AVALIAÇÕES DIAGNÓSTICAS, COMO ANALISAR OS RESULTADOS?



 Conhecer expectativas de aprendizagens e levantar os conteúdos básicos que serão analisados são essenciais para criação de condições didáticas para a aplicação da atividade diagnóstica. Mas, na prática, é comum muitos professores não saberem o que fazer com os dados coletados. 
Por isso, é essencial a presença do coordenador em todas as etapas do processo: acompanhando a aplicação, ajudando a análise do instrumento criado para a tabulação do resultado e definindo as principais estratégias para sanar as dificuldades apresentadas pelas crianças. 

Para a aplicação da atividade 
É importante refletir com o professor sobre o que observar durante a avaliação, como as possíveis dúvidas e inquietações das crianças. Além disso, precisamos orientar os docentes sobre a importância do seu registro pós-aplicação, pois este será utilizado para a coleta de dados e definição do plano de ação e plano de ensino.
Para conseguir acompanhar todos os professores no dia da aplicação do diagnóstico, o coordenador deve definir um cronograma de aplicação de cada sala de forma que possa observar todas as classes avaliadas. Já percebi que, quando participo ativamente da atividade, observando a consigna, as intervenções do professor e as perguntas das crianças, consigo levantar mais informações.

Para a análise de dados 
Nesse momento, o educador deve ser convidado a pensar sobre a situação planejada e suas impressões do processo, além de participar da análise de dados coletados. Ouvir suas observações e dar uma devolutiva é um bom ponto de partida para, juntos, traçar os rumos e as estratégias de trabalho de acordo com a necessidade da turma.  Alguns instrumentos são necessários nesse momento, como as produções dos alunos, a tabulação dos resultados e os objetivos de cada questão avaliada (se for uma avaliação em formato de prova). 
Coletadas e analisadas as informações, chega a hora de traçar planos.  Neste caso, é necessário discutir sobre quais ajustes devemos fazer no programa de ensino e criar intervenções específicas que auxiliem os alunos a resolver a falta de pré-requisitos. Definir expectativas a partir do resultado final é necessário para que os ajustes sejam feitos no meio do caminho, à medida que analisamos o desempenho dos estudantes.
Tudo isso deve ser registrado. É preciso deixar claro quais conteúdos estão em defasagem e realizar um acompanhamento detalhado disso durante o ano letivo.  Outro aspecto importante é definir um tempo de trabalho em sala e quando será aplicada uma nova avaliação. 

SE EU PUDESSE VIVER MINHA VIDA NOVAMENTE...



Quando o li pela primeira vez, fiquei comovido. Era uma mistura de sabedoria e tristeza. Seu título era “Instantes”, e começava assim:
Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros […].
Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres.

E ia assim, parágrafo após parágrafo, listando coisas que haviam sido feitas e que não deveriam ter sido feitas, e coisas que não haviam sido feitas e que deveriam ter sido feitas. Até o final melancólico:
Mas, já viram, tenho 85 anos
e sei que estou morrendo.

O texto era uma advertência aos mais moços: só temos o momento. Não percam o agora.
Estou a ponto de “desfazer” setenta anos, muito embora os distraídos insistam em usar o verbo fazer. O fato é que a celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festas de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte. O que não entendo é a razão pela qual os participantes, diante das velas apagadas, se ponham a bater palmas e a rir, quando o certo seria que chorassem. Eu prefiro um ritual mais alegre: acender uma vela bem grande, como um bruxedo de invocação dos anos ainda não nascidos cujo número não sei!

Os números redondos, creio que por razões estéticas, são mais poderosos que os números quebrados. Ninguém acharia nada de extraordinário com o número 7073565 da sua carteira de identidade. Mas, se o número for 5000000, isso será razão para as mais fantásticas conjecturas. Assim, ao ensejo do número redondo 70, pensei em fazer um documento parecido com o “Instantes”, confessando erros e dando conselhos aos mais jovens. Mas desisti. E isso porque, “se eu pudesse viver minha vida novamente”, eu quereria vivê-la do jeito mesmo como a vivi, com seus desenganos, fracassos e equívocos. Doidice? Imaginem que eu estivesse infeliz. Eu teria então todas as razões para voltar atrás e tentar consertar os lugares onde errei. Mas eu não estou infeliz. Vivo um crepúsculo bonito, com a suíte nº 1 de Bach, para violoncelo. Se houve sofrimentos no caminho, imagino que, se não os tivesse tido, talvez a suíte nº 1 de Bach não estivesse sendo ouvida. Estou onde estou pelos caminhos e descaminhos que percorri.
Faz muitos anos, nos tempos em que eu era ainda professor da Unicamp, um aluno que eu não conhecia telefonou-me dizendo que precisava falar comigo. Marcamos um encontro na minha casa. Ele chegou, abriu um caderno e começou a fazer-me perguntas. A primeira pergunta – que abortou todas as outras – foi a seguinte: “Como é que o senhor planejou a sua vida para que chegasse aonde chegou?” Percebi logo. Ele me admirava. Queria ser como eu. Queria que eu lhe contasse o segredo. Que lhe revelasse o caminho. Mas minha resposta pôs a perder as suas expectativas. Foi isso que eu lhe disse: “Eu estou onde estou porque todos os meus planos deram errado.”
Isso é absolutamente verdadeiro. As pontes que construía para chegar aonde eu queria ruíam uma após a outra. Eu era então obrigado a procurar caminhos não pensados. E aconteceu, por vezes, que nem mesmo segui, por vontade própria, os caminhos alternativos à minha frente. Escorreguei. A vida me empurrou. Fui literalmente obrigado a fazer o que não queria.
Por exemplo: meu pai, homem muito rico, foi à falência. Ficou pobre. Teve de mudar de cidade para começar vida nova. Se isso não tivesse acontecido, é provável que hoje eu fosse um rico fazendeiro guiando uma F 1000 e contabilizando cabeças de gado.
Quando me mudei para o Rio de Janeiro, aos 12 anos de idade, menino do interior de Minas com um sotaque caipira, fui objeto de zombarias e chacotas. Nunca me senti tão sozinho. Nunca fui convidado a ir à casa de um colega e nunca tive coragem para convidar um colega para ir à minha casa. Sofri a dor da solidão e da rejeição. Mas foi esse espaço de solidão na minha alma que me fez pensar coisas que de outra forma eu não teria pensado.
Lutei muito para ser pianista. Trabalhei duro, horas e horas por dia. Se tivesse dado certo, eu seria hoje um pianista medíocre. Pianista bom não precisa fazer força. É dom de Deus, como é o caso do Nelson Freire. A diferença entre nós é que, enquanto eu tentava colocar dentro de mim um piano que estava fora, o problema do Nelson era colocar para fora um piano que morava dentro dele desde o nascimento. Para mim, o piano nunca passaria de uma prótese. Mas, para o Nelson, o piano é uma expansão do seu corpo. Foi preciso que eu fracassasse como pianista para que o escritor que morava dentro de mim aparecesse. Assim, comecei a fazer música com palavras, acho que com a mesma facilidade com que o Nelson toca piano.
Fui pastor protestante e é provável que, se tudo tivesse acontecido nos conformes, eu hoje fosse um clérigo velho. Mas veio o golpe militar, fui acusado de subversivo pelas zelosas e bondosas autoridades da Igreja… Tive de me mudar para os Estados Unidos com a minha família – o que foi ótimo para todos nós. Fiz meu doutoramento, fiz amigos novos, viajei, conheci lugares, acampei, tive tempo para ler e pensar.
Cheguei onde estou por caminhos que não planejei. É um lugar feliz com o qual nunca sonhei. Nunca me passou pela ideia que eu viria a ser escritor. E, em especial, que escreveria estórias para crianças – e que as crianças as amariam (e me amariam por causa delas…). Tanto assim que não me preparei para o ofício. Sou ruim em gramática, erro a acentuação. E há mesmo uma pessoa que se dedicava a escrever-me longas cartas para corrigir meu português. Parou de escrever. Acho que desistiu. Como é bem sabido, eu, um mau aluno, especialmente quando o professor quer ensinar-me coisas que não quero aprender. Pena que o dito professor, voluntário, nunca tivesse feito comentário algum sobre o que eu escrevia. Concordo mesmo é com o Patativa do Assaré: “É melhor escrever errado a coisa certa do que escrever certo a coisa errada…”
Plantei árvores, tive filhos, escrevi livros, tenho muitos amigos e, sobretudo, gosto de brincar. Que mais posso desejar? Se eu pudesse viver minha vida novamente, eu a viveria como a vivi porque estou feliz onde estou.

— Rubem Alves, no livro “Se eu pudesse viver minha vida novamente”. Campinas, SP: Verus Editora, 2012.

domingo, 26 de março de 2017

DESENVOLVIMENTO DESUMANO NO BRASIL!

A decisão da Câmara, seguindo o desejo do governo Michel Temer, vai contribuir para a estagnação do IDH.

Henrique Meirelles
O ministro Meirelles, homem para todas as estações, cumpre pontualmente sua missão sinistra 

Enquanto a reforma da Previdência não alça voo, o governo inverteu a estratégia no seu projeto de punir o trabalho. O Congresso aprovou, na quarta-feira 22, a terceirização irrestrita do trabalho no Brasil, o que inclui a chamada atividade-fim, essência de qualquer empresa.
A pedido do Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi buscar um Projeto de Lei de 1998, o PL 4302, elaborado ainda na gestão Fernando Henrique Cardoso e que estava parado há mais de uma década no Congresso, para colocar em votação.
Isso porque a outra proposta sobre terceirização, que havia sido aprovada em 2015 na Câmara, estava travada no Senado. Como o PL 4302 já tinha passado pelas duas Casas, bastou uma nova votação para que a proposta pudesse ser encaminhada para sanção presidencial.
A maioria dos líderes partidários não queria enfrentar o tema novamente, por causa do ônus político. No entanto, graças ao denodado empenho de Maia, o governo conseguiu acordo para o tema entrar na pauta. O placar relativamente apertado revela as dificuldades criadas pelo tema controverso: 231 votos a favor e 188 contra.
A terceirização vem para complicar ainda mais a vida de um país que pela primeira vez, desde 2004, vê seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estagnar. O resultado do indicador precede uma nova virada na história brasileira, consolidada com a agenda Temer: a volta da visão tradicional que identifica apenas o PIB como parâmetro de crescimento e não o desenvolvimento humano. Mas esta não é preocupação para a quadrilha golpista. O retorno à escravidão é o objetivo.
Apesar de os resultados do IDH se referirem ao ano de 2015, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff ainda estava à frente do governo, o que explica o mau desempenho do Brasil é exatamente a mesma lógica que se perpetua desde o impeachment: o arrocho fiscal.
Foi naquele ano que o ex-ministro Joaquim Levy introduziu um forte contingenciamento de recursos e reduziu a figura do Estado como indutor da economia. O número de desempregados passou de 7,2 milhões para 10 milhões, crescimento de quase 40%.
E é na renda, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que está a explicação para a deterioração do IDH e da qualidade de vida. O Pnud avalia dados de três áreas para calcular o desenvolvimento humano de uma nação: saúde, conhecimento e padrão de vida.
Os dois primeiros seguem registrando melhoras em seus indicadores no Brasil, mas o último tem como principal fator a Renda Nacional Bruta (RNB), que registrou queda abrupta em 2015, voltando a um patamar similar ao de 2010.
Com isso, o Brasil está paralisado na posição de 79º no ranking, com IDH de 0,745, mesmo patamar do ano anterior, 2014. Dos 188 países avaliados, ficamos ao lado de um pequeno grupo de 16 nações que também não conseguiram elevar o IDH – Equador, Iraque, Irã, Afeganistão e Líbano são alguns dos exemplos mais expressivos.
“É uma luz amarela, um alerta, algo para se olhar com atenção para saber o que precisa ser feito”, explica a coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional do Pnud, Andréa Bolzon. Enquanto 159 países conseguiam aumentar seu Índice de Desenvolvimento Humano, apenas 13 registraram queda. Muitos vivem, porém, situações de luta intestina, como Ucrânia e Líbia, o que ajuda a explicar o resultado.
O desempenho brasileiro só não foi pior, esclarece a equipe do Pnud, por causa da rede de proteção social construída nos últimos anos. Foram programas de governo que ajudaram a segurar os índices de escolaridade e expectativa de vida, que também compõem o valor do IDH. “Não podemos nos gabar de ter um excelente piso de proteção social, mas temos um piso. Isso explica o fato de não estarmos em situação pior. A questão agora é não retroceder mais”, enfatiza Andréa.
O certo é que a recessão econômica e o desemprego já começaram a aprofundar a desigualdade. Segundo cálculos da FGV Social, Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, o Índice de Gini registrou em 2016, pela primeira vez depois de 22 anos, aumento de desigualdade no País. Esse índice varia de zero a 1, considerando que, quanto mais perto de zero, menor é a desigualdade numa sociedade avaliada. No Brasil, esse valor alcançou 0,5229 em 2016, aumento de 1,6% em relação a 2015.
Umas das explicações para esse resultado é o congelamento do valor do Bolsa Família, que ficou dois anos sem correção, enquanto a inflação atingia dois dígitos, ainda durante o governo Dilma. “Até o fim de 2016, o dado de aumento da desigualdade não dá qualquer sinal de arrefecimento”, afirma Marcelo Neri, diretor da FGV Social e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
“Na recessão de 1999, foi discutido o Bolsa Escola. Na recessão de 2003, gerou-se o Bolsa Família. São recessões em que se mostrava preocupação com os mais pobres. O Brasil manteve o Bolsa Família congelado por quase dois anos, 3,6 milhões de pessoas entraram na pobreza em 2015. Isso reflete esse desajuste nesta crise, esse desaprendizado de cuidar dos pobres. Não é só uma questão de justiça social, a recessão tende a ser mais dura também quando não há preocupação com os mais pobres.”
É por isso que esse quadro tende a piorar ainda mais com as reformas do governo Temer, segundo especialistas ouvidos por CartaCapital. O peemedebista reajustou o valor do programa de transferência de renda em 12,5% assim que assumiu o Palácio do Planalto.
Depois aprovou, contudo, o congelamento dos gastos primários por 20 anos, a chamada PEC 55, que deve afetar justamente a transferência de renda e áreas cruciais para o desenvolvimento humano, como saúde e educação. 
No caso de programas como o Bolsa Família, que oferece auxílio às gestantes e controla a presença de crianças na escola, o Brasil corre o risco de ter dados sociais importantes afetados. “Estagnou o crescimento das famílias do Bolsa Família, deu até uma caída.
Se esse movimento for se mantendo, é possível que os indicadores de saúde e educação se alterem. Se você começa um processo pelo qual não ingressam mais pessoas no programa e você não mexe no valor do benefício, ele vai se extinguindo naturalmente”, alerta o coordenador de relações sindicais do Dieese, Fausto Augusto Júnior.
O congelamento de gastos públicos é um dos principais eixos da política econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que bateu duro para que o texto fosse aprovado no Congresso. 
O Dieese apresentou um estudo no ano passado mostrando que, se a PEC 55 estivesse valendo, entre 2006 e 2015, o montante aplicado na educação, seria 55% menor do que foi de fato. Já em relação às despesas com saúde, a redução seria de 33% no mesmo período. Do ponto de vista do total de recursos, a perda na educação teria sido de 384 bilhões de reais e, na saúde, de 290 bilhões.
A própria ONU chegou a se manifestar sobre esses pontos. Em entrevista a CartaCapital em dezembro, o relator especial da Organização das Nações Unidas para a Pobreza Extrema e os Direitos Humanos, Philip Alston, foi enfático. “Nos próximos 20 anos, o governo vai gastar com políticas sociais muito menos do que gasta hoje. Isso significa que a futura geração estará condenada.”
Há ainda outro importante projeto do governo que pode jogar para baixo os dados sociais brasileiros: a reforma da Previdência. Mesmo evitando críticas diretas ao governo, já que a proposta ainda está em tramitação, a equipe do Pnud no Brasil apontou os trechos presentes no texto que podem criar vulnerabilidade social. Andréa Bolzon destacou, principalmente, o endurecimento das regras de acesso à aposentadoria para os trabalhadores rurais, o que classificou como “injustiça”.
Na quarta-feira 22, poucos deputados fizeram uma defesa enfática da terceirização. Coube à oposição criticar o texto. Os parlamentares sabem que a terceirização é uma demanda do empresariado e não dos trabalhadores. A proposta é vista pela equipe econômica como forma de diminuir as taxas de desemprego.
Não se sabe ainda se, de fato, isso vai fazer diferença na oferta de postos de trabalho, mas os estudos indicam que a terceirização precariza, sim, as condições de trabalho. Com dados de 2013, técnicos do Dieese mostraram que os terceirizados recebem salários 24,7% menores do que aqueles dos efetivos e permanecem no emprego pela metade do tempo, além de ter jornadas maiores. Menos renda e menos direitos para os mais vulneráveis. 

EDUCAÇÃO - Aposentadoria dos Professores.

Recuo pode criar desigualdade na educação, diz especialista.

Para ministro, retirada torna mais viável a aprovação da reforma


Rio e Brasília - A decisão do governo federal de não incluir os servidores de estados e municípios da reforma da Previdência pode aumentar a desigualdade na carreira dos professores. Segundo Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, haverá uma concentração dos melhores profissionais em certas regiões onde o salário é mais alto.
— A única atratividade da carreira de docente é a aposentadoria ser diferenciada, já que os salários são muito baixos. Então, qualquer mudança atrapalha e tem impacto direto na educação. Hoje, já há a concentração de bons profissionais em certas regiões porque o salário é mais alto, e essa transferência do poder de decisão sobre os regimes para estados e municípios só potencializa esse problema. Vai aumentar a concentração de bons profissionais em municípios com orçamento e receita maiores porque terão condições de oferecer regimes mais benevolentes e atraentes.

Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a manobra “se justifica porque retira uma grande pressão política para a aprovação das mudanças”. Além disso, ele afirmou que, como o benefício desses funcionários são pagos pelos estados ou municípios, “não muda nada” e que “a reforma que está lá resolveria o déficit em nível federal”.
— O importante, neste momento, é ter a maior viabilidade de aprovação — frisou, após participar de reunião com empresários na sede da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), em São Paulo.
Para o ministro, a aprovação das mudanças na Previdência e de outras reformas poderão fazer o país crescer mais que o 0,5% previsto pelo governo.

Por 

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/recuo-pode-criar-desigualdade-na-educacao-diz-especialista-21113102#ixzz4cSJPLATo 

domingo, 19 de março de 2017