quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Nunca desista dos seus sonhos.


EDUCAÇÃO INFANTIL


        De acordo com o Art. 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, “a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, autorizada pelo  Conselho Municipal de Educação através do Parecer Nº. 018/2008 publicado no Diário Oficial do Município de 11. 02.09  tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.

Adaptação Escolar na Educação Infantil

Adaptação tranquila na creche e pré-escola. Guazelli

A adaptação escolar não acontece apenas quando uma criança vai à creche ou à pré-escola pela primeira vez, mas sempre que se depara com uma nova etapa de ensino ou um novo ambiente, como uma mudança de escola ou de turma. 

Se o novo gera insegurança e ansiedade em qualquer idade, na Educação Infantil, esse processo é ainda mais intenso. Saindo de suas zonas de conforto, os pequenos se veem em um ambiente coletivo com regras diferentes das de casa, são estimulados a participar de atividades incomuns ao seu dia a dia e passam a conviver com adultos e crianças inicialmente estranhos. 

A adaptação é esse momento de transição em que a criança vai se habituando à nova rotina longe dos familiares que tem como referência. Dia após dia, ela vai criando um vínculo com os professores, coleguinhas e atividades, sentindo-se cada vez mais segura.

Não existe um tempo determinado para essa transição. "Em geral, o período inicial da adaptação dura entre uma ou duas semanas, mas depende da criança, da família e de suas experiências anteriores relacionadas às separações que enfrentamos na vida", explica Cisele Ortiz, coordenadora do Instituto Avisa Lá, de São Paulo.

Laís Semis

O CHORO DAS CRIANÇAS...

No choro da criança, uma oportunidade de aprendizado

Telma Vinha 
Professora de Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Mesmo sabendo que faz parte da infância, o choro das crianças sempre nos afeta de algum modo: pode nos mobilizar, angustiar, preocupar, irritar... Nessa fase, essa é uma das principais formas de comunicação dos pequenos e está presente nos conflitos, na dor, no incômodo e até diante de necessidades fisiológicas. Por vezes, basta um lanche ou soninho para a irritação passar. 

Em torno dos 2 anos, a impulsividade e o choro aumentam. Isso ocorre porque, apesar de já entenderem o que ouvem, eles ainda não conseguem dizer o que pensam. Podemos ajudá-los descrevendo objetivamente o que eles demonstram querer. Momentos de estresse, como brigas na família ou a chegada de um irmão, também resultam em maior frequência e intensidade do chororô. Nesse caso, o melhor é minimizar a situação geradora - se possível - e ter muita paciência, dando ainda mais colo, atenção e aconchego. 

Os pequenos têm muita dificuldade em controlar os impulsos, por isso choros, empurrões, gritos e mordidas são comuns. Ainda não conseguem lidar com desavenças nem se autorregular controlando a raiva. Outra característica é a incapacidade de perceber os sentimentos ou a perspectiva do outro, assim como de antecipar as consequências de suas ações. Isso fica evidente quando notamos a surpresa ou culpa de um menino por ter machucado o irmão, por exemplo, após ter atirado algo contra ele. 

Entender o que há por trás desses comportamentos nos ajuda a atuar. As crianças estão no início de um processo de construção de estratégias para lidar com os conflitos interpessoais e as emoções, e precisam de intervenções construtivas do adulto para favorecer esse desenvolvimento. 

Dessa forma, os choros presentes no cotidiano, que por vezes parecem tão perturbadores para nós, adultos, são também oportunidades valiosas de aprendizado para as crianças. Em vez de agirmos para evitá-los, com frases do tipo "Isso é motivo para chorar?", "Pare de fazer drama!" ou "Isso não é nada, é só um espinho", devemos aceitar os conflitos como parte natural e necessária do desenvolvimento infantil. 

As intervenções mais eficientes são as que as ajudam a perceber seus sentimentos e os do outro, como: "O amigo pegou sua bola sem pedir e você ficou bravo. Depois que você se acalmar, vamos falar com ele", "Bater, dói. Nós conversamos, não se bate nos outros. Diga a ele que você ficou chateado", "Um espinho machuca. Vamos tirá-lo". Como mediador na resolução do conflito, o professor pode auxiliar os envolvidos descrevendo o problema sem tomar partido, incentivando-os a refletir sobre o ocorrido e a colocar o que pensam e sentem, e as propostas de solução. 

Como as crianças até 4 anos, em média, têm dificuldades para identificar e expressar seus sentimentos, você pode "soprar" no ouvido frases que as auxiliem a dizer descritivamente o que aconteceu e o que elas sentiram, incentivando o uso de formas mais eficazes de se comunicar, como: "Diga que você não gostou quando ele pegou seu brinquedo. Que está bravo porque ele não pediu". 

Na hora da birra, é importante evitar adjetivos ou apelidos como "chorona", "Ana Banana" e "João Bocão". A proposta é reconhecer e aceitar os sentimentos da criança, ajudando-a a manifestá-los de outra forma: "Você gritou com o colega, pois queria sentar na cadeira dele. Mas gritar não é um bom modo de conseguir as coisas. Melhor pedir de um jeito que ele consiga ouvir". 

Não se trata, portanto, de conter ou ignorar o choro, mas de ajudar no desenvolvimento da autorregulação dos pequenos. Precisamos auxiliá-los na construção do equilíbrio emocional e na capacidade de enfrentar as dificuldades.

A Pré-escola e alguns equívocos

Sobre a obrigatoriedade da pré-escola e alguns equívocos

Rita Melissa Lepre

A Educação Infantil é considerada, desde a LDB 9394, de 1996, como a primeira etapa da educação básica brasileira, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os cinco anos de idade em seus aspectos físicos, cognitivos, afetivos e sociais (art. 29). Essa etapa educativa é subdividida em dois momentos: creche (para crianças de até três anos de idade) e pré-escola (para crianças entre quatro e cinco anos de idade).

A Educação Infantil, até o advento da Lei 12.796/2013, se constituía como um direito das crianças, um dever do Estado e uma opção das famílias, não tendo caráter obrigatório. Dessa forma, os pais ou responsáveis poderiam optar pela matrícula ou não de seus filhos em instituições de Educação Infantil. A partir da promulgação da Lei 12.796/2013, que altera a LDB 9394/96, a matrícula das crianças nas pré-escolas passou a ser obrigatória, passando a ser dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatro anos de idade (art. 6). Apesar da referida Lei ser do ano de 2013, a universalização do atendimento a todas as crianças brasileiras deverá estar alcançado a partir do ano de 2016 nas redes públicas de ensino.

O que muda efetivamente com essa Lei? O artigo 31 demonstra as regras comuns segundo as quais a Educação Infantil deverá ser organizada, tais como carga horária anual de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos, controle e exigência de, no mínimo, 60% de frequência, avaliação e documentação do desenvolvimento infantil, entre outras. Além da obrigatoriedade, mudam algumas exigências e orientações que deverão ser encaminhadas pelas redes públicas de ensino sendo, no caso da Educação Infantil, prioritariamente das redes municipais.

Uma vez entendida e cumprida a Lei teremos, a partir de 2016, a suposta universalização da pré-escola para as crianças brasileiras o que pode ser entendido como um ganho educacional. Porém, será preciso atenção para a qualidade do atendimento oferecido considerando as adequações necessárias da infraestrutura, equipe gestora, professores, projeto pedagógico, entre outras questões que já se faziam imprescindíveis mesmo antes da obrigatoriedade prevista na Lei.

Julgamos importante registrar e esclarecer que a Educação Infantil continua sendo Educação Infantil, ou seja, o caráter da etapa educativa não se modifica. Enquanto pesquisadora da Educação Infantil, tenho percebido equívocos relacionados a essa questão como, por exemplo, a ideia de que a pré-escola passaria a ser uma “preparação” para o ingresso no Ensino Fundamental ou que determinados conteúdos deveriam ser agora adiantados às crianças dessa etapa educativa. Poderíamos tecer diversas reflexões teóricas sobre esse tema mas, para atender ao objetivo deste breve artigo, nos ateremos ao que segue.

A função da Educação Infantil é a de cuidar e educar como ações indissociáveis, respeitando as crianças como seres em si e vires a ser, mediando o desenvolvimento e a aprendizagem e potencializando a construção de novos conhecimentos diários na interação com os professores, os pares, os conteúdos e o ambiente. Essa etapa educativa, nesse sentido, tem objetivo próprio e não deve ser entendida como mero momento de preparação para o Ensino Fundamental ou entendida como espaço de “menor importância” mas sim como uma etapa importante com objetivos e fins próprios.

O nosso desejo é que a Lei 12.796/2013 possa efetivamente gerar o atendimento de todas as crianças brasileiras nas pré-escolas públicas e que tal atendimento possa se configurar como espaço educativo de qualidade que potencialize o desenvolvimento integral dos pequenos.

A autora é professora, doutora na Unesp - Faculdade de Ciências - câmpus Bauru

"BRINCAR TAMBÉM EDUCA"

Tempo livre para brincar também educa


20/07/2015
Brincar é coisa séria. Por meio da brincadeira - não apenas de jogos educativos ou de atividades orientadas por adultos - as crianças aprendem lições importantes, como se relacionar umas com as outras e obedecer a regras. Assim, é imprescindível que haja tempo para a diversão. Segundo especialistas, no entanto, pais ansiosos pelo sucesso dos filhos têm se esquecido ou valorizado pouco esses momentos.
Desde os anos 1940, pesquisas sobre o desenvolvimento humano já identificam o protagonismo das brincadeiras na formação das crianças, sob os aspectos cognitivos, emocionais, físicos, sociais e morais. Mais recentemente, a neurociência identificou evidências de como o cérebro recebe e processa informações e estímulos colhidos do ambiente pelos sentidos e a importância do brincar nas sinapses - ligação entre neurônios.
"Os neurocientistas mostraram que os afetos positivos na interação da criança com o adulto geram sentimentos de segurança e prazer, fatores imprescindíveis para a saúde mental", explica a educadora Adriana Friedmann, em um estudo encomendado pela Bauducco.
Pesquisadora do tema, Adriana afirma que a ansiedade excessiva dos adultos acaba deixando em segundo plano as necessidades dos pequenos. "A gente não tem realmente respeitado o ritmo das crianças. Tudo precisa ter equilíbrio."
Alguns pecadilhos são comuns no dia a dia. Por exemplo: quando o pai apressado ou o professor interrompe uma brincadeira abruptamente, desmontando um mundo, uma linguagem que estavam sendo construídos. Ou ainda o adulto que intervém sem necessidade enquanto a criança brinca sozinha, o que é natural entre os mais novos.
"Os pais podem ser bons observadores das ações e interações infantis, sabedores que, ao brincar, a criança está talhando sua visão de mundo", afirma a professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP) Zilma Oliveira.
A educadora alerta que, muitas vezes, a escolas também falham. "Nas escolas, predomina a ideia do ensino centrado no professor e as brincadeiras livres costumam ser vistas como lazer, ignorando seu valor na promoção de importantes aprendizagens, ainda que fora do menu pedagógico."
Para os pais
Coordenadora pedagógica da Escola Stance Dual, de São Paulo, Liliane Gomes conta que é necessário investir no diálogo com os pais para que eles entendam a importância das atividades livres. Na unidade, os alunos costumam ter três momentos ao longo do dia em que ficam livres.
"Principalmente em relação às crianças de 5 anos, os pais ficam muito ansiosos de que eles estejam lendo e escrevendo. Precisamos de reuniões extras para que eles diminuam essa ansiedade", explica Liliane. "Quando elas brincam, aprendem a resolver os problemas. E essa é a meta da vida."
Até mesmo fora do ambiente escolar, a pressão por resultados do brincar é sentida. A pedagoga Paula Kesselman coordena o espaço Mamusca, na zona oeste da capital paulista, onde pais levam seus filhos para brincar. "Tivemos dificuldade no começo porque muitos pais nos perguntavam: 'Eles vão ficar soltos assim?'"
O Mamusca mantém educadores observando ou sugerindo brincadeiras, histórias, além de oficinas - que não têm horário definido. O espaço abriu ainda a Escola de Pais, para aproximar os adultos do livre brincar.
Enquanto era amarrado em uma brincadeira pelo filho Giovanni e pela amiguinha Julie, ambos de 4 anos, o engenheiro João Arantes, de 50 anos, disse que sabia a importância do brincar. "Em casa, a gente faz laboratório de desenho e de massinha. A gente se diverte muito", afirmou o professor universitário. "Quero que ele tenha autonomia para decidir."

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL LÁPIS RARO


terça-feira, 17 de novembro de 2015

GRANDES PENSADORES - LEV VYGOSTSKY



Hoje é o aniversário de (17/11) Lev Vygotsky (1896-1934)! Sua obra ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea. Para saber mais sobre ele, acesse:

- Lev Vygotsky, o teórico do ensino como processo social (http://abr.ai/1Qpxa85)
- Grandes Pensadores (http://bit.ly/1QpxcN7)


domingo, 8 de novembro de 2015

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL LÁPIS RARO


É com muita satisfação que comunicamos 
que a partir de 2016 abriremos as portas 
para o público infantil.


Contamos com o apoio e supervisão pedagógica da Dayse Mara Oliveira.