O profissional de letras é apaixonado pela linguagem. Estuda fonologia, morfologia e sintaxe. E semântica. E pragmática. E etimologia (aaaaaaah, as aulas de Latim… alguns têm saudade, outros nem tanto). E muito mais.
E lê.
“Ler Dom Quixote em duas semanas? Bora!”
Porque, ainda que não escolha ser especificamente profissional de literatura, o profissional de letras adora histórias bem contadas, daquelas que são lidas muito mais de uma vez na vida. Alguns profissionais de letras também se especializam em contar essas histórias.
“Grande Sertão: Veredas? Partiu!”
O profissional de letras não é um dicionário ambulante, mas certamente saberá indicar um se você precisar. O mesmo para gramáticas. O mesmo para romances. Para livros em geral — melhor dizendo.
Há o profissional de letras que gosta mais de estudar línguas estrangeiras. Há o profissional de letras cuja maior paixão é o vernáculo.
O profissional de letras usa palavras estranhas como “vernáculo”, “léxico”… e expressões como “sob a égide”. De vez em quando, “escapar-se-á” até uma mesóclise. Mas não é de propósito. É mais forte do que ele. Juro!
O profissional de letras vive com a cara enterrada nos livros. Mas às vezes também gosta de prestar atenção no modo como as pessoas falam, escrevem, se expressam.
O profissional de letras não se limita a ser um só. Ele é professor, revisor, editor, tradutor, contador de histórias, escritor, redator e por aí vai.
Parabéns, colegas! Parabéns, profissionais de letras!