quinta-feira, 23 de maio de 2019

COERÊNCIA E COESÃO

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Estas duas palavrinhas, coesão e coerência, podem fazer muita confusão na cabeça de algumas pessoas, ao mesmo tempo que são elas as responsáveis pela ordenação das palavras e das ideias quando você escreve.
Você já deve ter notado que sempre que falamos delas, estamos falando de textos, portanto, tudo que você redige precisa ser coeso e conciso, seja um e-mail, um texto narrativo e, principalmente, os mais pedidos nos vestibulares, os textos dissertativos argumentativos.
As duas caminham juntas e, dessa maneira, havendo uma boa coesão, a coerência fica mais fácil de aparecer. No entanto, existem algumas diferenças das quais falaremos agora nesse artigo.
Vamos lá?

O que é coesão?

A coesão tem a ver com a estrutura do texto, quando as palavras adequadas são utilizadas para construí-lo, por isso é importante saber usar corretamente as conjunções, os advérbios, os pronomes e outros elementos linguísticos.
Você precisa trabalhar a gramática e a escrita dentro do seu texto para que ele tenha uma boa estrutura e que seu leitor entenda de forma clara a informação que está sendo passada.
Como o texto é um emaranhado de palavras, frases, orações e parágrafos, a coesão é a conexão que existe entre todos esses elementos.
Quando você escreve, sabe dizer se os elementos estão bem ligados? Vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto.

Elementos de coesão

O texto coeso é bem estruturado porque, ao escrever, temos que nos atentar aos elementos de coesão. Então, quais são eles?
São as conjunções que opõem as ideias, que as complementam, são os pronomes que retomam outras partes no texto, os advérbios que marcam o tempo, lugar, ou seja, todas as palavras que têm a função de conectivos. 
Vejamos um exemplo:
Maria saiu de casa para ir ao supermercado, mas estava chovendo, então retornou ao seu quarto para pegar o guarda-chuva, o qual estava na gaveta.
Perceba que essa frase tem uma sequência bem coordenada e que as conjunções, preposições e pronomes fazem a ligação entre todos os períodos.
A conjunção “mas” traz a adversidade, pois se estava chovendo, Maria não poderia sair. “Então” (conjunção conclusiva), retornou ao “seu” quarto. O pronome “seu” retoma o sujeito, que é Maria, e a frase segue com uma locução prepositiva que é o “para”, que indica uma finalidade.
Para encerrar, “o qual”, pronome relativo, refere-se ao guarda-chuva. É nesse momento que mostramos a riqueza de nosso vocabulário, sem precisar repetir a mesma palavra.
Existem, portanto, elementos que fazem referência e elementos que dão sequência de sentido.
A coesão referencial serve para evitar a repetição dos termos, desse modo, ela aponta para outros elementos do texto, para acrescentar novas informações sobre o que já foi dito.
Exemplo: Maria e João são pais de Pedro. Eles têm uma linda casa na praia, na qual estão todos os finais de semana.
A coesão sequencial se utiliza das conjunções para encadear as ideias no texto, estabelecendo relações lógicas como as de causa, efeito, oposição, consequência, tempo, modo, finalidade etc.
Exemplo: Júlia não foi hoje à escola porque perdeu a hora, mas amanhã não poderá faltar porque tem duas provas.
A sequência de ideias é marcada por elementos que podem estar dentro ou fora do texto. Veremos um pouco mais!

Elementos endofóricos.

Esses elementos são a ligação entre tudo que está dentro do texto. Eles se dividem em anafóricos (quando se referem a um termo já citado) e catafóricos (quando se referem a um termo posterior).
Como pode ser formulada uma questão sobre eles no vestibular? Por exemplo, uma palavra é destacada e pedem para que você encontre um pronome com referência anafórica ou catafórica.
Veja:
Ricardo é amigo de Karina. Eles se conhecem há muitos anos, mas ambos trabalham muito e não se encontram com frequência.
O pronome “eles” se refere à Ricardo e Karina, é um elemento anafórico, porque o nome dos dois já foi citado, da mesma forma que o pronome “ambos”.
A seguir temos uma frase com um elemento catafórico:
Dele eu só quero distância e que me deixe em paz, o meu ex-marido.
O pronome possessivo “dele” aparece antes da informação de quem a pessoa está querendo distância, ou seja, o ex-marido. Sendo assim, tem uma função catafórica.
A elipse também funciona como um termo anafórico, ela aparece para evitar de se usar um termo que já apareceu no texto. Dessa maneira:
Experimentei um bolo de chocolate e um de coco.
Não é preciso repetir que é “um bolo é de coco”, o termo já está subentendido por causa do início da frase que traz a palavra “bolo”.

Elementos exofóricos

Elementos exofóricos são aqueles que apontam para fora do texto, que necessitam de um contexto, então só vou conseguir dizer quem é o referente por esse contexto.
Os pronomes demonstrativos são bastante utilizados para essa função:
Ali será azul.
Esta é minha! A sua blusa é aquela.
Agora que você já sabe da importância de estruturar bem seus textos e conhece alguns elementos que o ajudam a conseguir isso, passemos para a construção dos sentidos, a coerência.

O que é coerência?

Coerência é a organização das ideias em uma forma lógica, assim, um texto precisa estar escrito corretamente, mas com ideias interligadas e que fazem sentido.
Se eu digo: Os cachorros em minha casa têm asas e voam por toda parte. Apesar da estrutura correta, você já viu algum cachorro voar?
A não ser que esteja escrevendo um conto de ficção, é algo que não faz sentido. Por isso, para que o texto seja coerente, as informações precisam ser passadas de forma clara e objetiva.

Elementos de coerência

Existem vários tipos de coerência (semântica, sintática, estilística, pragmática, temática ou genérica), porém, o que determina um texto coerente é o encadeamento das ideias dentro da estrutura.
É preciso:
·        Eliminar ambiguidades;
·        Usar os conectivos corretamente;
·        Evitar contradições;
·        Relacionar os sentidos;
·        Evitar trechos irrelevantes, que estejam fora de contexto;
·        Atentar-se à sequência da escrita;
·        Empregar a variedade adequada da língua e mantê-la até o final do texto;
·        Seguir o gênero textual proposto do início ao fim.

Diferença entre coesão e coerência

Podemos concluir que coesão e coerência têm as suas diferenças, mas andam juntas, porque a estrutura e a organização do texto necessitam das ideias que irão trazer a informação de forma clara e objetiva.
A coesão é o tecido no qual está contido o texto e todos os seus fios e a coerência é a agulha que alinhava os sentidos, tornando tudo “amarradinho”.
O ENEM trabalha muito a coesão e a coerência e em todas as suas questões, sejam elas de Língua Portuguesa ou de outra matéria, o tempo todo você precisa ler e interpretar de maneira correta o que é solicitado.
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MAPA MENTAL DE COERÊNCIA E COESÃO
Mapa Mental: Coesao e Coerencia Textual
(DESCOMPLICA)

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O TEXTO DISSERTATIVO

O texto Dissertativo

Mapa Mental: Dissertacao

A dissertação argumentativa, hoje, é o tipo textual mais cobrado nos principais vestibulares. Provas como a UNESP, a FUVEST e o próprio ENEM exigem esse tipo textual e, por isso, é importantíssimo que você conheça cada uma de suas características. Seja na questão do conteúdo, da estrutura ou da linguagem preferencial, esse tipo de texto precisa estar na ponta da língua! Vamos conhecê-lo?

Que conteúdo é esperado em uma redação dissertativa-argumentativa?

Quando lemos uma redação, é muito comum buscarmos sempre avaliar a qualidade argumentativa de um parágrafo. Mas o que significa argumentar? Qual é o objetivo desse texto?
Na redação dissertativa-argumentativa, dissertar significa defender uma ideia, um ponto de vista, uma opinião. Dessa forma, todas as temáticas apresentadas exigem uma reflexão por parte do candidato, de forma que, com os conhecimentos adquiridos em estudos, leituras e aulas, o seu texto possa ter uma opinião definida.
Depois de definido um ponto de vista, usando esses mesmos conhecimentos de mundo, é necessário, nesse tipo textual, defender essa ideia. Aqui está a impotância da argumentação: fundamentar, confirmar essa opinião é um trabalho de convencimento do leitor, o principal objetivo da dissertação-argumentativa.



COMO ESCREVER BEM !







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COMO ESCREVER BEM!

1. Ler mais

A primeira dica não poderia ser outra! Ler contribui para abrir um leque de palavras novas no seu vocabulário e ainda ensina diversas formas de se construir um bom texto.
Por essa razão, não abra mão dessa técnica e invista na leitura, seja ela de livros literários ou técnicos, revistas de entretenimento, jornais etc.
Ler também te deixa informado, outro ponto imprescindível para fazer uma boa redação.

2. Pratique a escrita

Quando se deseja ser bom em determinadas atividades é necessário se dedicar a elas. A repetição constrói uma intimidade entre a prática e você, por isso treine a sua escrita frequentemente.
Uma dica é começar a fazer textos sobre assuntos que você gosta de escrever ou que tenha empatia com os temas. Na realidade a ideia dessa técnica é fazer você achar prazeroso escrever, assim o conteúdo fica mais segue com mais fluidez.

3. Usar a internet ao seu favor

Vc sabe q essa forma de escrever tá fora dos padrões das redações?
A forma como se comunica nas redes sociais só deve ser usada especificamente nelas. Em um documento sério como as redações de vestibulares se você escrever o ‘tá’ no lugar do ‘está’, a qualidade do texto vai cair muito.
Nos textos avaliativos a linguagem formal é exigida e caso gírias ou abreviações apareçam a nota vai baixando. Sendo assim, use a internet ao seu favor!
Uma maneira de não errar é escrevendo corretamente via rede, assim o costume de digitar bem vai parar nos cadernos dos vestibulares.

4. Escolha as melhores palavras e não as mais difíceis

Muita gente acha que escrever bem é escrever palavras difíceis. Pelo contrário, um bom texto não precisa de enfeites, mas sim de conteúdo informativo. Dados, exemplos, citações, se em quantidades certas e sem exageros fazem sua redação ser vista com bons olhos e com interesse.
Outra fato deve ser levado em consideração, a escrita das palavras, caso você não saiba como escrevê-la pense em um sinônimo, mesmo que este seja mais simples. Lembre-se é melhor ter um texto simples a um errado!

5. Objetividade na escrita

É terrível ler um texto onde o autor enrola até chegar no assunto principal, as vezes é preciso ler mais de uma vez para compreender o que realmente ele quis dizer.
Para cumprir com essa dica é interessante saber a quantidade certa de citações e exemplos, eles podem enriquecer o seu texto, mas se usados demasiadamente dão a impressão de que o autor não tem propriedade no assunto e quer suprir essa falta com esses métodos.

6. Cuidado com as repetições

Tem algo mais chato do que ler uma mesma palavra diversas vezes em um só parágrafo ou texto? Apesar de tedioso, ainda há quem cometa esse erro! Para fugir das repetições, procure pelo sinônimo dessas palavras.

7. Use a criatividade

Textos criativos são sempre bem-vindos, pois conseguem prender a atenção do leitor do início ao fim do texto, causando uma ótima impressão sobre o autor.
Apenas cuidado para não extrapolar e perder o real sentido das redações, o foco deverá ser sempre a informação, passada de forma concisa e clara.

8. Atenção com os pontos e as vírgulas

Há quem crie um texto e, mesmo focado nas ideias, esquecem das pontuações. Não adianta produzir uma redação informativa, com dados, exemplos e citações na medida e não usar corretamente o ponto e a vírgula.
Sem essas estruturas os leitores podem achar cansativo o seu trabalho e pior, as frases podem perder o real sentindo.

9.  Cuidado com palavras estrangeiras

Existem termos no inglês, por exemplo, que já possui um traduzido em português. Sendo assim, não há necessidade de usar as palavras em inglês, opte sempre pelas palavras da língua portuguesa.

10. Leia o texto várias vezes

Muitas vezes só é possível encontrar os erros lendo o texto várias vezes. Essa técnica é importante pois dá a oportunidade do escritor corrigir algumas falhas.
Por isso, antes de entregar o material finalizado leia o conteúdo com calma e com muita atenção e corrija sempre que se fizer necessário.
Com essas dicas e com seu esforço, fazer redação vai ser uma atividade cada vez mais fácil de ser cumprida. Bons estudos!
By  Katharyne Bezerra       

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