O presidente Donald Trump, que retirou os Estados Unidos do
Acordo de Paris
Na reta final
de estudos para a prova do Enem, que acontecerá nos dias 5 e 12 de
novembro, fazer uma revisão dos principais acontecimentos geopolíticos e dos
fenômenos climáticos que aconteceram neste ano é um bom caminho para estudar os
temas mais importantes da prova de Ciências Humanas, além de possíveis temas
que estarão presentes na hora de escrever o texto
dissertativo-argumentativo.
“Observamos que
há na prova muitas perguntas em que a geografia brasileira e a geografia
internacional estão associadas”, afirma o professor Hugo Anselmo, do Curso Anglo.
Apesar de tratar de assuntos gerais, nem pense em encarar a prova sem um estudo
prévio. “A prova não é detalhista, com pegadinhas, mas ela também não é apenas
uma avaliação de interpretação: quem não tiver conteúdo não conseguirá
compreender”, diz Cristina Luciana do Carmo, professora de Geografia do Curso
Poliedro.
1. Atos de
Trump
Em seu primeiro ano à frente da Presidência dos EUA, Donald Trump retirou
o país do Acordo de Paris, principal tratado para combater as mudanças
climáticas. Em comunicado realizado no dia 1º de junho, o presidente afirmou
que tomou essa decisão "para preservar os interesses dos cidadãos
norte-americanos. Como os Estados Unidos são o líder em poluição de gás carbônico, a
permanência do país Acordo Climático de Paris era essencial. Isso porque o
tratado, assinado em 2015 afirma que as nações desenvolvidas têm maior
compromisso na diminuição da emissão de carbono, além de ajudar os países mais
pobres a cumprirem com as metas do documento.
Emmanuel Macron, presidente francês
2. Emmanuel
Macron derrota a candidata Marine Le Pen
A França, um dos berços do Iluminismo, ficou dividida nas eleições que
aconteceram em maio: Marine Le Pen, candidata do partido Frente Nacional,
chegou ao segundo turno com um discurso anti-imigração e de extrema-direita.
Após a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2016, cresceram movimentos
pela Europa que defendiam o fim das políticas de globalização e uma agenda
hostil a cidadãos de países subdesenvolvidos que desejassem viver nas nações
europeias. O pleito também marcou a derrota dos partidos tradicionais: Emmanuel
Macron, do partido Em Marcha!, tornou-se o novo presidente francês com um
discurso voltado de centro.
Xi Jinping, presidente da China
3. A nova "Rota da Seda" da China
A política de Donald Trump de "colocar a América em primeiro lugar"
soou como música aos ouvidos chineses: donos do segundo maior Produto Interno
Bruto (PIB) do mundo, o país divulgou em maio o fortalecimento um dos maiores
planos de integração econômica e de geração de desenvolvimento já vistos. Xi
Jinping, presidente chinês, lidera um acordo que envolve 68 países e forma um
cinturão econômica para facilitar negociações comerciais. Ao menos US$ 1
trilhão já foi investido em obras de infraestrutura e em incentivos fiscais. Em
outubro, o Partido Comunista Chinês reafirmou a liderança de Xi Jinping, que
promete fazer da China uma líder em tecnologia e ciência até 2050.
4. Terror na
Europa
Atentados reivindicados pelo Estado Islâmico foram cometidos no Reino Unido, na
Suécia, na França e na Espanha.
Episódios de islamofobia proliferaram pelo continente. Logo após os
atentados de 11 de setembro de 2001, que atingiram o Pentágono e destruíram os
edifícios do World Trade Center, o presidente norte-americano George W. Bush
declarou uma campanha de "Guerra ao Terror", anunciando uma
mobilização nunca antes vista para combater o terrorismo. Desde então, o mundo
presenciou uma escalada de guerras, ocupações militares e investimentos em
tecnologia bélica com a justificativa de combate às ações terroristas. A ameaça
a populações civis, no entanto, ainda permanece.
Destruição na cidade síria de Azaz
5. Guerra civil
na Síria continua
O conflito, que dura desde 2011, ainda está longe de ter fim. Em março, o
governo sírio foi acusado de utilizar armas químicas na cidade de Khan
Sheikhoun: mais de 80 pessoas morreram. Apesar do Estado Islâmico ter perdido a
maior parte dos territórios conquistados no Iraque e na Síria, a situação
política ainda é de instabilidade. Enquanto os Estados Unidos apoiam os grupos
políticos contrários ao presidente sírio Bashar Al-Assad, a Rússia defende sua
permanência à frente do governo do país árabe.
Kim
Jong-un, ditador da Coreia do Norte
6. Um conflito
nuclear à vista?
Após a Coreia
do Norte realizar testes com armas nucleares e mísseis balísticos, os
Estados Unidos aumentaram as ameaças contra o regime de Kim Jong-un. Por
enquanto, o conflito ainda não passa de trocas de bravatas entre o ditador
norte-coreano e Donald Trump: analistas consideram que a estratégia de Kim é
aumentar as ameaças para conseguir melhores acordos bilaterais e relaxamento
dos embargos econômicos. Apesar de se autodenominar um país socialista, a
ideologia que governa a Coreia do Norte é chamada de Juche, e está ligada
ao culto da personalidade do líder coreano.
7. Tempo de furacões
Uma sequência de furacões — Harvey, Irma, Maria e
Nate — causou destruição em países do Caribe e nos Estados Unidos: Porto Rico,
que é considerado um território norte-americano, foi um dos locais mais
afetados pelos furacões. De acordo com cientistas, mudanças climáticas
contribuíram para a fúria dessa temporada de furacões.
8. Ataque
Hacker
Em junho, o vírus WannaCry invadiu
computadores de instituições privadas e públicas de quase 150 países.
No Brasil, servidores da Previdência Social foram afetados pelo ataque. A
invasão ocorreu em virtude de uma falha no sistema operacional do Windows, que
se tornou pública após vazamentos de informações sobre uma ferramenta sigilosa
utilizada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA. Após o
ataque, novos
episódios de infecções em massa foram registrados em diferentes partes
do mundo.
Loja da
Apple nos Estados Unidos
9. iPhone
completa 10 anos
Responsável por revolucionar a indústria tecnológica e iniciar uma nova etapa
na comunicação global, a Apple celebrou o aniversário de 10 anos do iPhone com
uma edição especial. Entre
as novidades da versão 'X' estão a falta do botão "home",
que passa a ter desbloqueio através de reconhecimento facial, carregamento sem
fio e os esperados animojis: emojis que imitam as expressões do usuário em
tempo real.
Chegou ao fim a missão da sonda que coletou
informações sobre Saturno e suas luas. Foram 13 anos de descobertas no
planeta mais charmoso do Sistema Solar, em uma das missões espaciais mais
produtivas da história. O projeto conjunto da NASA e da ESA consistiu em dois elementos principais:
a sonda Huygens e o orbitador Cassini. Lançada em 1997, a missão
Cassini-Huygens revolucionou o conhecimento sobre Saturno, suas 62 luas e oito grupos de anéis.
11. Brasília em
chamas
Em maio, a publicação de uma conversa gravada entre o empresário Joesley
Batista, um dos donos da JBS, e o presidente Michel Temer aprofundou a crise
política entre os Três Poderes. Teve de tudo: o senador Aécio Neves (PSDB/MG),
candidato derrotado às eleições presidenciais de 2014, também teve seu nome
envolvido nas investigações e chegou a ser afastado de seu cargo pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). Após duas denúncias conduzidas por Rodrigo Janot,
ex-Procurador Geral da República, Michel Temer se safou de ser julgado pelo STF
graças a votações favoráveis na Câmara dos Deputados.
Amazônia aberta para negócios?
12. Governo
brasileiro exingue a Renca (e volta atrás)
Em agosto, decreto publicado por Michel Temer extinguiu a Reserva Nacional de
Cobre e Associados (Renca), área de 47 mil quilômetros quadrados localizada
entre o Amapá e o Pará. A região, que tem o tamanho do estado do Espírito
Santo, ficaria
livre para ser explorada por empresas que realizam atividades de
mineração. A sociedade civil obrigou o governo a recuar: a Justiça do Amapá
declarou que a decisão promulgada por Temer era inconstitucional. Em setembro,
um novo episódio da tensão crescente na Amazônia: a Fundação Nacional do Índio
(Funai) denunciou
um massacre cometido por garimpeiros contra uma aldeia isolada.
13. Estado
quebrado
Sem receitas, o Rio de Janeiro enfrenta uma das piores crises de sua história,
com atrasos recorrentes no pagamento de funcionários públicos e aumento da
violência urbana. Parecer técnico divulgado pelo Tesouro Nacional no início de
setembro recomendava que o estado do Rio
de Janeiro privatizasse as universidades públicas estaduais para
ajudar nas metas de equilíbrio fiscal propostas pelo Ministério da Fazenda — em
ranking publicado pela revista britânica Times Higher Education, a
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foi considerada a 13ª melhor
instituição do país.
O satélite brasileiro
14. Satélite
verde e amarelo
Lançado em maio, o primeiro satélite geoestacionário brasileiro será utilizado
para comunicação estratégica e ampliação da banda larga em regiões
remotas do país. A Embraer e a Telebrás uniram forças para estimular o
setor espacial do país e absorveram tecnologia francesa para a construção do
satélite.
Séries de massacres e rebeliões em penitenciárias nas regiões Norte e Nordeste
no início de 2017 expõem a falência do sistema
carcerário do país. Em setembro de 2015, o próprio Supremo Tribunal Federal
(STF) reconheceu que as prisões brasileiras descumprem preceitos fundamentais
da Constituição e precisam de reformas. A população carcerária brasileira é a
quarta maior do mundo, com mais de 600 mil pessoas privadas de liberdade.